Apesar das dificuldades enfrentadas pelo ramo de reciclagem de plásticos no decorrer da pandemia de Covid-19, entidades ligadas a essa área mantêm o interesse em estabelecer consórcios para expandir redes de coleta e comercialização de plásticos pós-uso/pós-consumo.

Um exemplo é o programa socioambiental Tampinha Legal, que consiste em campanhas de incentivo ao descarte correto de tampas plásticas e à conversão delas em matérias-primas para a fabricação de novos produtos.

Por meio desse projeto, que teve início em 2016, foram coletadas até o fechamento dessa matéria 254.079.996 tampas – de garrafas PET, de embalagens de produtos de limpeza e cuidados pessoais, de recipientes, entre outros. Fabricadas em sua maioria em polietileno, elas serão ofertadas a recicladores e empresas da cadeia de transformação de polímeros.

O objetivo é oferecer um material limpo e triado que pode ser usado na produção de utensílios domésticos, embalagens e peças estruturais como, por exemplo, quadros de bicicletas, um tipo de aplicação de material reciclado que já é realidade no Brasil e no mundo.

De acordo com Simara Souza, coordenadora executiva do instituto SustenPlást, que também está à frente do programa, as doações de tampas plásticas continuam em crescimento mesmo com o advento do distanciamento social recomendado pelos órgãos sanitários. Esse dado foi inserido em um relatório publicado recentemente.

“As empresas participantes do Tampinha Legal não estão medindo esforços para realizar a sua manutenção em uma época tão delicada como esta, e sua maioria segue em suas atividades. A indústria de transformação de plásticos é sensível às causas socioambientais e está disposta a fazer o bem da melhor forma possível”, disse.

Segundo ela, todas as operações relacionadas ao projeto estão sendo executadas conforme as medidas de segurança que vão contra a disseminação de doenças.

 

Fonte: Portal Plástico Industrial