Última coleta do ano destinou mais de quatro toneladas ao terceiro setor

Em sua última coleta do ano, o projeto “Tampinha Legal” entregou mais de quatro toneladas de material para 13 entidades assistenciais do terceiro setor nesta quarta-feira. O material foi deixado no posto de coleta instalado no bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre. O total arrecadado é destinado a recicladores e revertido em dinheiro para as próprias entidades. Sem contar esta última arrecadação do ano, já foram destinados R$ 134,5 mil às entidades gaúchas. Este é o maior projeto socioambiental de caráter educativo em economia circular de iniciativa da indústria de transformação do plástico da América Latina.

O projeto liderado pelo Instituto SustenPlást nasceu em Porto Alegre há cinco anos e reúne 360 entidades assistenciais de todo país – 224 apenas no Rio Grande do Sul. O objetivo é ensinar empreendedorismo social e estimular a economia circular na prática. A coordenadora do Instituto SustenPlást, Simara Souza, explica que o valor obtido das coletas totaliza R$ 1,6 milhão. Além do Rio Grande do Sul, o projeto está presente em Alagoas, Pernambuco, Minas gerais, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Bahia.

“Desde o início do programa o Tampinha Legal conseguiu retornar para a indústria mais de 775 toneladas de tampinhas, o equivalente a aproximadamente 430 milhões de tampinhas”, afirma Simara. Ela explica que o volume total de tampinhas arrecadadas em cinco anos seria capaz de encher 30 carretas. “Transformando esses volumes em reais representa R$ 1,6 milhão destinados integralmente da conta dos recicladores para as contas bancárias das entidades assistenciais participantes”, salienta.

Para garantir o destino adequado dos resíduos plásticos e a utilização do material, o projeto conta com 3,2 mil pontos de coletas no país. O dinheiro destinado às entidades serve, entre outras coisas, para a compra de alimentos, ração animal, aquisição de equipamentos ou medicamentos, manutenção de sedes, exames e tratamentos médicos.

“Ao coletar uma única tampinha cada um de nós voluntário da sociedade civil sabe que está praticando o bem. Não conseguimos hoje dimensionar o número de famílias, de pessoas que foram impactadas com uma atitude tão simples e elementar que é o de juntar a tampinha”, completa.

Conforme Simara, sem contar a última arrecadação do ano, no RS já foram destinados R$ 134,5 mil às entidades gaúchas. Em São Paulo o total é de R$ 68 mil. “Temos uma entidade que está cadastrada conosco que já recebeu R$ 200 mil desde que se cadastrou no programa”, destaca. “Tem entidade hoje cadastrada conosco que se sustenta quase que exclusivamente de coleta de tampinhas. Algumas receberam R$ 200 mil, outra R$ 90 mil. Todos os valores não são doações diretas, são doações indiretas através das tampinhas”, frisa.

Assistente administrativa do Instituto SustenPlást, Andressa Borges, disse que tanto pessoas físicas ou empresas podem doar tampinhas em postos de coletas cadastrados. “Hoje nós temos mais de 3 mil pontos distribuídos ou diretamente na instituição. A instituição vai fazer todo procedimento de separar por cor, ensacar e depois entregar”, afirma. Ela reforça que o projeto não recebe nenhuma gratificação ou comissão, assim como as entidades assistenciais, que não pagam taxas de manutenção, inscrição ou mensalidade.